Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
3º Trimestre de 2011
Título: A Missão Integral da Igreja — Porque o Reino de Deus está entre vós
 Comentarista: Wagner Gaby
 Lição 5: O Reino de Deus através da Igreja
    TEXTO ÁUREO
“Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos  são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres  é anunciado o evangelho” (Mt 11.5).
 VERDADE PRÁTICA
A Igreja do Senhor Jesus Cristo deve manifestar o Reino de Deus neste mundo, através da proclamação do Evangelho de Cristo.
 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 17.20,21; Mateus 18.1-5; Marcos 10.42-45.
 Lucas 17
 20 - E, interrogado pelos  fariseus sobre quando havia de vir o Reino de Deus, respondeu-lhes e  disse: O Reino de Deus não vem com aparência exterior.
 21 - Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Porque eis que o Reino de Deus está entre vós.
 Mateus 18
 1 - Naquela mesma hora, chegaram os discípulos ao pé de Jesus, dizendo: Quem é o maior no Reino dos céus?
 2 - E Jesus, chamando uma criança, a pôs no meio deles
 3 - e disse: Em verdade vos  digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de  modo algum entrareis no Reino dos céus.
 4 - Portanto, aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus.
 5 - E qualquer que receber em meu nome uma criança tal como esta a mim me recebe.
 Marcos 10
 42 - Mas Jesus, chamando-os a  si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes das gentes delas  se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre elas;
 43 - mas entre vós não será assim; antes, qualquer que, entre vós, quiser ser grande será vosso serviçal.
 44 - E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro será servo de todos.
 45 - Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.
 Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
 - Reconhecer que a Igreja de Cristo representa o Reino de Deus no mundo.
 - Compreender que o Reino de Deus está presente na Igreja.
 - Conscientizar-se de que fomos chamados para ser servos.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, reproduza o quadro abaixo seguinte  conforme as suas possibilidades. Ao concluir o tópico I da lição, com o  auxílio do quadro, fale a respeito das nossas características como  Igreja. Em seguida fale a respeito das características do mundo como  criação de Deus. Comente a respeito do nosso compromisso proativo de  influenciá-lo. Enfatize que o mundo deve receber o que temos de melhor  para oferecer: Jesus Cristo. Leia as referências bíblicas e explique que  elas apontam para nossa responsabilidade com a Terra.
 
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  COMENTÁRIO
introdução
 Palavra Chave
 Agir: Praticar ou efetuar algo na condição de agente; atuar; proceder.
 Mediante a graça divina, tornamo-nos parte do Corpo  de Cristo, que é a sua Igreja (1 Co 12.27). E como seus membros, temos  por missão viver e divulgar, zelosa e amorosamente, os valores do Reino  de Deus neste mundo. Que jamais nos esqueçamos que o Reino de Deus é  justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17).
 Se não tivermos isso em mente, fracassaremos. Mas se  levarmos avante a tarefa que nos confiou o Senhor Jesus, haveremos de  expandir o Reino de Deus até aos confins da terra, conforme nos requer o  Filho de Deus. Esta é a essência da Grande Comissão que dele recebemos.
 I. O REINO DE DEUS E A IGREJA
 1. Igreja, representante do Reino. Como já  vimos, Deus é o criador dos céus e da terra (Gn 1.1). Toda a criação  está sob o seu governo. Seu domínio, soberania e autoridade jamais terão  fim (1 Cr 29.11; Jó 38.1-11; Dn 4.3). Foi Ele quem constituiu a nação  de Israel (Lv 26.12), para representá-Lo diante dos outros povos da  Terra. No tempo presente, comissionou a Igreja de Jesus Cristo para que o  representasse neste mundo (1 Pe 2.9).
 2. A Igreja é comissionada por Cristo. Em seu  ministério terreno, Jesus organizou e preparou um grupo de pessoas para  que saísse e proclamasse a mensagem do Reino de Deus. De acordo com o  Evangelho de Mateus, o grupo veio a formar o núcleo da ekklēsia — Igreja (16.18; 18.17).
 Fundada no Dia de Pentecostes, a Igreja cresceu (At  2.41), multiplicou-se (At 2.47) e continua a chamar pessoas, oriundas de  todos os lugares e classes sociais, sejam homens, sejam mulheres ou  crianças, para fazerem parte do Reino de Deus.
 3. A Igreja na sociedade. Muitos menosprezam a  Jesus Cristo, reduzindo-o a um mero fundador de religião. Por isso,  cabe a Igreja apresentá-Lo como o único Salvador do mundo. Ele é  verdadeiro Deus e verdadeiro homem (1 Co 3.11; 1 Tm 3.15; Cl 1.13-20;  2.9). A Igreja de Cristo é a expressão visível do Reino de Deus (Mt 3.2;  Lc 10.9). Você tem consciência de quem Jesus é, fez e representa?
 SINOPSE DO TÓPICO (I)
 A Igreja, uma vez comissionada por Cristo, representa o Reino de Deus na sociedade.
 II. O REINO DE DEUS PRESENTE NA IGREJA
 1. Na pregação cristocêntrica. Uma das  principais características da Igreja de Deus é a pregação  cristocêntrica. Pedro, no Dia de Pentecostes, proclamou com ousadia o  Cristo crucificado (At 2.36). Já o apóstolo Paulo declara com firmeza  ser este o assunto principal de suas pregações: “Porque nada me propus  saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1 Co 2.2). A  postura coerente e bíblica dos primeiros cristãos fez com que a Igreja  experimentasse um crescimento quantitativo e qualitativo no poder do  Espírito Santo (At 2.41,47). Cristo Jesus não deve jamais ser  substituído por nenhum outro assunto em nossos cultos e pregações. Ele é  o fundamento de todas as coisas. Por isso, devemos proclamá-lo com  absoluta fidelidade, a fim de que as Boas Novas cheguem a toda a  humanidade.
 2. Na Comunhão. A palavra comunhão tem um  sentido bem amplo, podendo indicar participação, comunicação, auxílio,  contribuição, sociedade, intimidade e cooperação.
 A comunhão entre os irmãos era a marca registrada da  Igreja Primitiva, pois o seu comportamento estava alicerçado sobre os  valores do Reino de Deus (At 2.42-44). Os que ainda não são cidadãos do  Reino de Deus precisam ver e sentir o amor de Cristo mediante a nossa  comunhão uns com os outros (Jo 13.35).
 3. No Serviço. A Igreja de Cristo é um  organismo vivo e sua função não se limita à proclamação do Evangelho.  Ela serve ao Pai, mas também ao próximo (Mc 12.29-31). O serviço da  Igreja consiste em ajudar, suprir as necessidades dos filhos e filhas de  Deus. A igreja local, portanto, deve socorrer os necessitados, as  viúvas e os desamparados. Suas obras sociais confirmam e legitimam a sua  pregação. A prática do serviço através do “Corpo de Cristo” é um  mandamento do Senhor: “Ama o teu próximo como a ti mesmo” (Mc 12.31). A  proclamação, a comunhão e o serviço farão da Igreja uma autêntica  expressão do Reino de Deus (Tg 2.14-26).
 SINOPSE DO TÓPICO (II)
 O Reino de Deus se faz presente na Igreja através da pregação cristocêntrica, da comunhão e do serviço.
 III. QUEM É O MAIOR NO REINO DE DEUS
 1. O “maior” em humildade. Jesus escolheu  homens falíveis para serem seus discípulos. Estes se defrontaram, tal  como acontece ainda hoje, com o orgulho e a ambição, como se vê na  passagem de Marcos 9.33-37. Percebendo neles claramente tais males,  Jesus tomou em seus braços uma criança, a fim de ensiná-los a respeito  da humildade, simplicidade e receptividade (Mt 18.2,4).
 Como servos de Deus, devemos ser os “maiores” em  humildade, amor ao próximo, sabedoria, domínio próprio, fé, etc. Jesus  deixou bem claro que a verdadeira grandeza não consiste nos bens  materiais, na fama ou no poder. A verdadeira grandeza está num coração  quebrantado, contrito e puro diante do Senhor (Sl 34.18; 51.17).
 2. O maior deve ser como uma criança. Jesus  usou o exemplo de uma criança para demonstrar as características que os  súditos do seu Reino precisam ter. Os seguidores de Cristo carecem ser  identificados como pessoas humildes e dispostas a servirem a Deus e ao  próximo (Lc 22.25,26). Por que Jesus utilizou uma criança como exemplo?  Porque as crianças não estão preocupadas com cargos ou posições. Elas  são humildes, sinceras e manifestam a pureza de Cristo (Mt 19.13-15).  Sigamos o exemplo dos pequeninos!
 3. O maior deve ser servo de todos. O maior  no Reino de Deus é o servo de todos (Lc 22.26,27). É o que serve aos  enfermos, aos necessitados e aos feridos sem esperar nada em troca (Tg  1.27). Nisto, Cristo Jesus é o nosso supremo exemplo. Sendo Ele o Deus  “bendito eternamente” (Rm 9.5), por amor de todos nós, humilhou-se e  entregou-se a si mesmo como sacrifício expiador dos pecados do mundo (Ef  5.2; Fp 2.5-11). Você já pensou o quanto poderíamos influenciar o mundo  se vivêssemos, de fato, como servos de todos, assim como nos reivindica  a Palavra de Deus?
 SINOPSE DO TÓPICO (III)
 O “maior” no Reino de Deus é humilde, possui a sinceridade de uma criança e se faz servo de todos.
 CONCLUSÃO
 A Igreja de Cristo tem a responsabilidade de  proclamar e demonstrar as virtudes do Reino de Deus a toda criatura (1  Pe 2.9). Neste mundo, nós os salvos, aqui estamos para servir ao Senhor e  ao próximo (Fp 2.3,4). Um dia, estaremos para todo o sempre com o  Senhor. Mas enquanto esse dia não chega, sigamos o exemplo de Cristo,  que sendo Deus, tomou a forma de servo (Fp 2.5-11). Que venhamos, como  Igreja do Senhor Jesus Cristo, evidenciar o Reino de Deus neste mundo  através de nossa vida, testemunho e proclamação do Evangelho.
 VOCABULÁRIO
Cristocêntrica: Cristo no centro de tudo.
Quantitativa: Quantidade.
Qualitativo: Que determina a qualidade.
 Quantitativa: Quantidade.
Qualitativo: Que determina a qualidade.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BOYER, O. Espada Cortante 1: Daniel, Apocalipse, Mateus e Marcos. RJ: CPAD, 2007.
BOYER, O. Espada Cortante 2: Lucas, João e Atos. RJ: CPAD, 2007.
COUTO, G. A Transparência da Vida Cristã: Comentário Devocional do Sermão do Monte. 1.ed., RJ: CPAD, 2001.
 BOYER, O. Espada Cortante 2: Lucas, João e Atos. RJ: CPAD, 2007.
COUTO, G. A Transparência da Vida Cristã: Comentário Devocional do Sermão do Monte. 1.ed., RJ: CPAD, 2001.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
 “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos (v.35)
 Amor é o emblema, a insígnia, o distintivo pelo qual  os homens nos distinguem dos discípulos de outras religiões.  Conhecem-se os discípulos de Zoroastro pelo sistema religioso de dois  deuses e seu matrimônio incestuoso. Conhecem-se os adeptos de Brama pela  sua incomparável abnegação em comer e vestir. Conhecem-se os discípulos  de Pitágoras por sua deferência aos números quatro e sete; os  discípulos de Platão, pelas ideias fantásticas do côncavo da lua; os  discípulos de Zenon, por seus sonhos de apatia e infelicidade; os  discípulos de Maomé em seu rigor em observar os decretos de Alá. Podemos  conhecer os discípulos dos escribas por suas tradições e exposições da  lei; os discípulos dos fariseus, pelo seu formalismo e hipocrisia; [...]  os discípulos dos saduceus, pela negação da providência de Deus e  descrença na ressurreição. Os discípulos de Cristo, contudo, serão  conhecidos, não por seus milagres (1 Co 13.1,2), nem por seus sermões,  nem por sua doutrina, mas por seu amor — amor personificado em Jesus o  Filho de Deus, aqui na terra” (BOYER, O. Espada Cortante 2: Lucas, João e Atos. 1.ed., RJ: CPAD, 2007, pp.329,30).
 AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
 “A Lição da Humildade
 E, lançando mão de uma criança (v.36).  Cristo, assim como os profetas da antiguidade, ensinava por meio de  gestos, sinais e objetos materiais. A lição da humildade é tão  importante que, de qualquer maneira, devemos aprendê-la. Em vez de  menosprezar as crianças, como nosso orgulho nos leva a fazer, devemos  contemplá-las e meditar nesta lição de Cristo sobre a humildade.
 Se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças (Mt 18.3).  Aos que procuram os lugares de mais honra no Reino, Jesus declara que  realmente não estão no Reino. Anjos foram lançados fora dos céus por  causa do orgulho. Os que se ensoberbecem cairão na condenação do diabo  (1 Tm 3.6). Se não abandonarmos o nosso orgulho, a entrada nos céus  ser-nos-á vedada.
 Se não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino de Deus (Mt 18.3). É evidente, portanto, que as criancinhas são salvas.
 Aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus (Mt 18.4).  A resposta de Jesus causa grande surpresa. Conforme a ideia popular,  deveria responder: Quem pois, se tornar com um anjo, ou como o pastor de  nossa igreja, esse é o maior no Reino dos céus.
 Se não vos fizerdes como crianças (Mt 18.3).  Não significa meninos: 1) no entendimento (1 Co 14.20); 2) na firmeza  (Ef 4.14); 3) na censura (Mt 11.16,17); 4) no conhecimento da Palavra  (Hb 5.12-14). Mas, sim, meninos: 1) em desejar o leite espiritual da  Palavra (1 Pe 2.2); 2) em confiar no Pai celestial que nos alimentará e  vestirá (Mt 6.25); 3) isentos da malícia (1 Co 14.20); 4) na humildade. É  a isso que se refere Cristo. Como crianças, ‘não ambicioneis coisas  altas, mas acomodai-vos às humildes, não sejais sábios em vós mesmos’  (Rm 12.16).
 Qualquer que receber uma destas (v.37).  Receamos que se nos humilharmos como criança, ninguém nos receberá  mais? Receamos que o próximo nos maltratará? Mas a essa dificuldade  Cristo antecipa, acrescentando: ‘Qualquer que receber em meu nome uma  criança tal como esta a mim me recebe. Mas qualquer que escandalizar um  destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe  pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza  do mar’ (Mt 18.5,6). Esta palavra divina é como uma barreira de fogo em  redor dos seus fiéis.
 A mim me recebe (v.37). Quem põe sua  mão sobre a cabeça da criança, põe-na sobre o coração da mãe da criança.  Igualmente, quem recebe um dos mais pequenos recebe a Cristo, que tanto  ama os pequeninos” (BOYER, O. Espada Cortante 1: Daniel, Apocalipse, Mateus e Marcos. 1.ed., RJ: CPAD, 2007, p.542).

 
 

